O que é Rinite Alérgica ?
Rinite alérgica, conhecida popularmente por febre dos fenos, é um tipo de inflamação do nariz que ocorre quando o sistema imunitário tem uma reação excessiva aos alergênios no ar.
Os sinais e sintomas incluem congestão ou corrimento nasal, espirros e comichão nos olhos, que se podem tornar vermelhos e inflamados.
O muco que escorre do nariz é geralmente límpido.
Os sintomas têm geralmente início poucos minutos após a exposição ao alergênio e podem afetar o sono, a capacidade de trabalho e a capacidade de concentração.
A obstrução nasal e a rinorreia, os chamados “nariz entupido” e “nariz escorrendo”, são, muitas vezes relegados, às vezes ignorados pelas pessoas normalmente.
Mas para as pessoas que tem estes sintomas diariamente, estes fatores podem significar uma vida de preocupação e incômodo constantes.
A sensação é a mesma de um resfriado constante, como se durasse semanas, ou até meses.
Associado `a obstrução e `a rinorreia ainda temos o prurido nasal, a famosa “coceira no nariz” que pode atingir os olhos, que deixa as pessoas nervosas.
Sintomas
Estes sintomas descritos acima, são os principais sintomas da rinite alérgica, e também outros tipos de rinites.
Cerca de 20 a 30% da população mundial tem rinite alérgica, estima-se, mais de 30 milhões de brasileiros, e cerca de 40 milhões de pessoas nos Estados Unidos.
Por este motivos temos a preocupação de informar sobre este problema de saúde tão importante na nossa sociedade.
Além da rinite alérgica, outros tipos de rinite acometem a população, como a rinite infecciosa, irritativa, a medicamentosa, ou a rinite idiopática, conhecida como vasomotora.
Existe também a rinite gestacional e a do idoso. Todas estas são chamadas de rinites não alérgicas.
Todas tem sintomas semelhantes, e por vezes é difícil diferenciá-las, a não ser por meio de exames laboratoriais.
A rinite alérgica tem ainda vários mistérios a serem desvendados, mas muito já se sabe sobre ela, assim como sobre os outros tipos de rinites não alérgicas.
Causas da Rinite Alérgica
A rinite alérgica é causada quando o indivíduo entra em contato com alérgenos inalantes do meio ambiente.
Os alérgenos mais comuns são a poeira, os ácaros, fungos, polens, penas e pelos de animais.
Ao entrar em contato com estes agentes, a pessoa, que já tem uma predisposição genética para alergia, desenvolve uma reação alérgica e inflamatória, que leva a uma série de reações no organismo.
Estas reações envolvem vários elementos do nosso organismo e constituintes do sangue, chamadas de células inflamatórias.
Existem também, substâncias que causam a inflamação, os chamados mediadores inflamatórios.
Estas células e mediadores são encontrados no nariz e no sangue dos pacientes com alergia, ou em crise alérgica.
Os mais conhecidos são os eosinófilos, macrófagos, e moléculas de adesão.
Estes, presentes no nariz e no sangue, produzem a obstrução nasal, a rinorreia e o prurido, e outros sintomas da rinite alérgica.
Sintomas da Rinite Alérgica
A rinite alérgica pode ser perene, ou seja, acomete a pessoa durante todos os meses do ano, ou sazonal, quando os sintomas aparecem somente em algumas estações do ano, como a primavera ou o inverno.
Geralmente a idade de início dos sintomas é na infância, mas nos casos de rinite não alérgica, o começo pode ser mais tardio, após os 20 anos de idade.
Existe uma forte relação entre a rinite alérgica e familiares que também tem o problema, principalmente quando os pais são alérgicos.
Nas rinites não alérgicas não existe essa relação de hereditariedade.
Os sintomas de todas as rinites são muito semelhantes, geralmente ocorre a obstrução nasal (nariz entupido, nariz trancado, falta de ar), prurido (coceira no nariz), rinorreia (nariz escorrendo, fungação no nariz), espirros, prurido ocular (coceira nos olhos) e prurido nos ouvidos.
O indivíduo tem a sensação de estar sempre resfriado, tem sensação de peso na cabeça, cefaleia (dores de cabeça), que aparece com as mudanças de temperatura e umidade, e quando entra em contato com agentes alérgenos ou irritantes, como fumaça, produtos químicos ou perfumes.
PREVENÇÃO
A prevenção é o tratamento mais importante da rinite alérgica. Os pacientes que fazem a prevenção adequada, não usam medicações, ou reduzem muito o uso das mesmas.
Por este motivo, os médicos insistem na prevenção da rinite alérgica. Por que é o tratamento mais efetivo e o mais saudável.
Evitar sempre que possível o contato com os agentes alérgenos para cada paciente.
Para cada indivíduo o alérgeno é um, e portanto, a maneira como evitar o contato é diferente para cada um.
Mudanças no ambiente em que vivem, e se possível, no que trabalham, produzem reviravoltas na alergia, transformando a vida dos pacientes.
Ás vezes, as mudanças no modo de vida são necessárias, mas os benefícios são tantos, que todos concordam e se sentem bem e felizes.
As mudanças são sempre de acordo com as possibilidades de cada paciente, com suas condições financeiras e de vida, pois tudo deve ser levado em consideração no tratamento da rinite alérgica.
O importante é que cada um faça o melhor que estiver a seu alcance para melhorar as suas condições de vida.
Qual é o Objetivo da Prevenção ?
O objetivo da prevenção é evitar o contato com os agentes alérgenos. O controle ambiental é essencial na rinite alérgica.
Tomando as medidas adequadas, o paciente melhora gradualmente. Ao longo das semanas e meses os sintomas vão regredindo paulatinamente.
As modificações no ambiente em que vive, trabalha, no modo e na qualidade de vida, evitando os agentes alérgenos, faz com que o indivíduo não tenha mais sintomas e leve uma vida normal.
Qual a Razão da Melhora do Paciente ?
A melhora ocorre porque não entrando em contato com os agentes alérgenos específicos para a rinite alérgica de cada um, por isso não ocorre a reação alérgica, não aparecendo o espirro, a rinorreia, a obstrução e o prurido.
Sem nenhum destes sintomas, o paciente está bem, sua vida é normal.
Tipos de Tratamento da Rinite Alérgica
LAVAGEM NASAL
A lavagem nasal é de sobremaneira importante no tratamento da rinite alérgica.
Pode ser usado o Soro Fisiológico a 0.9%, ou as soluções salinas com conservantes vendidas em farmácias.
Ambas tem um efeito muito bem na limpeza da narina e das fossas nasais, retirando os alérgenos do nariz, e desta maneira, tratando a doença.
A lavagem nasal, além dos alérgenos, retira também os resíduos de agentes irritantes, como fuligem, fumaça, poeira, terra e produtos químicos, que respiramos constantemente.
Assim, diminuem a irritação, melhorando ainda mais os sintomas dos pacientes. Depois da prevenção, o tratamento mais natural, e sem contra-indicações é a lavagem nasal.
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DA RINITE ALÉRGICA
Nos casos de rinite alérgica onde a prevenção não funciona, aí sim está o lugar dos medicamentos.
Estes tem a função de melhorar os sintomas do paciente quando o mesmo já fez tudo o que podia em relação ao controle ambiental e à prevenção.
Existem várias medicações para o controle da rinite alérgica, com os mais variados efeitos, com posologias diferentes, com princípios ativos inúmeros.
Desta maneira, pode-se ajustar a melhor medicação para cada paciente.
Podemos escolher entre uma quantidade grande de opções. Medicamentos para crianças, adultos, idosos, para cada necessidade.
MEDICAMENTOS
As medicações para rinite alérgica podem ser divididas em vários tipos, de acordo com o princípio ativo das drogas, e a via pela qual o medicamento é absorvido.
Sistêmicos
Existem vários medicamentos para o tratamento das rinites. As medicações sistêmicas, ou orais mais comuns são os anti-histamínicos, associados ou não a descongestionantes.
Os anti-histamínicos bloqueiam o efeito da histamina, que causa os sintomas da rinite, principalmente o prurido e os espirros.
Os descongestionantes diminuem o calibre dos vasos do nariz, agindo na obstrução nasal.
Em casos mais especiais, `as vezes, usa-se o corticoesteroide oral, com grande efeito anti-inflamatório nas rinites.
Tópicos
Os medicamentos tópicos são o cromoglicato dissódico, os anti-histamínicos locais, e os corticoesteroides.
Os corticoesteroides locais são de grande utilidade, trazem grande benefício aos pacientes. São medicações preventivas e não tem quase nenhuma absorção sistêmica.
ESPECÍFICOS PARA CADA TIPO DE PACIENTE
Os medicamentos, são diferentes para cada tipo de paciente, pois cada paciente tem suas características particulares.
Existem também medicações para as diversas faixas etárias da sociedade, e para os diferentes modos de vida de cada indivíduo.
Crianças
Existem medicações que as crianças não podem ingerir devido aos riscos que corre a sua saúde. Em relação ao crescimento, níveis hormonais, e outras doenças.
Por este motivo, existem medicações para crianças, que não são prejudiciais, e já testadas. Estas estão liberadas para crianças.
Consulte sempre o seu otorrinolaringologista, alergista ou pediatra para tratar a alergia do seu filho.
Gestantes
As mulheres grávidas, por sua condição especial, não podem usar qualquer medicação para rinite.
Tanto ela quanto o bebê podem ser seriamente prejudicados.
A mulher sempre deve chamar a atenção do médico ao fato de estar grávida, e consultar seu obstetra quando for usar um novo medicamento.
O otorrinolaringologista ou alergista deve se juntar ao obstetra no tratamento.
Idosos
A rinite alérgica é mais rara no idoso, mas a rinite do idoso deve ser tratada com as medicações corretas.
O idoso, por ter vários problemas de saúde, mais comumente, alterações no coração, esclerose, hipertensão, prostatismo no homem, também deve tomar certas medicações, e outras talvez não sejam indicadas.
Esportistas
Os esportistas não devem usar medicações que alterem o seu desempenho, principalmente durante as competições. O perigo de doping é alto.
O esportista sempre deve saber quais drogas pode usar, e quais não deve usar.
Os medicamentos podem melhorar ou piorar o desempenho do atleta, portanto, o esportista deve usar remédios diferentes nos treinos e nas competições.
IMUNOTERAPIA
Os pacientes que necessitam usar remédios para rinite alérgica por longo tempo, podem receber as vacinas anti-alérgicas (imunoterapia).
O objetivo desta forma de tratamento é diminuir a ser sensibilidade do paciente para os alérgenos.
O tempo de tratamento pode variar muito, e geralmente é longo, podendo durar por mais de 1 ano.
Da mesma forma que os testes cutâneos, as vacinas devem ser realizadas com a orientação de profissionais qualificados, e os extratos devem ser de boa qualidade.
A imunoterapia é tratamento longo, por anos até. Funciona como uma dessensibilização ao alérgeno, e não como as vacinas para poliomielite, sarampo, rubéola, etc.
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