O que é apneia do sono?
A apneia do sono é uma doença comum potencialmente grave que afeta os padrões de respiração durante o sono.
É um tipo de distúrbio do sono com maior incidência em obesos, idosos e atinge mais os homens do que as mulheres, porém após a menopausa essa diferença tende a diminuir.
O termo apneia significa um intervalo de tempo durante o qual a respiração é completamente interrompida ou fica reduzida de forma significativa, neste caso é chamada de hipopneia.
Durante o sono normal, o corpo relaxa e a respiração se torna mais lenta e rítmica.
No entanto, na apneia do sono a respiração é interrompida totalmente durante alguns segundos ou pode até passar de 1 (um) minuto.
Apesar de ser um distúrbio do sono comum, ainda é desconhecida pela maioria da população.
As pessoas que sofrem dessa doença do sono geralmente não sabem que são portadoras desta condição.
Muitas vezes, a interrupção da respiração leva a um estado parcial de despertar seguido de um novo adormecer, de modo que o individuo não chega a perceber esse episódio.
No entanto, a pausa na respiração é perceptível e pessoas próximas podem ajudar a identificar a síndrome da apneia do sono.
Ciclo da Apneia do Sono
Quais são os sintomas da apneia do sono?
Os sintomas imediatos podem ser asfixia ou respiração ofegante durante o sono precedido por roncos intermitentes e altos.
Como resultado das pausas na respiração, a qualidade do seu sono é ruim, o que faz você ficar cansado durante o dia, mesmo depois de uma noite inteira de sono.
A apneia do sono é uma das principais causas de excesso de sono diurno.
Os sintomas mais comuns incluem:
- Ronco alto;
- Insônia;
- Boca seca ou dor de garganta ao acordar;
- Cansaço ou fadiga crônica;
- Memória ruim ou problemas de aprendizagem e dificuldade de se concentrar;
- Sentir-se irritado, deprimido ou ter alterações de humor;
- Acordar com freqüência para urinar;
- Dor de cabeça, especialmente de manhã;
- Sonolência excessiva durante o dia;
Outros sintomas mais severos podem ser associados a apneia do sono de acordo com a gravidade da doença.
Quais são os riscos da apneia do sono?
A apneia do sono afeta o fornecimento de sangue para órgãos vitais como o coração e o cérebro.
A condição provoca uma diminuição gradual dos níveis de oxigênio no sangue, isto pode gerar sérios danos a saúde.
Os problemas de saúde mais comuns que estão relacionados com apneia do sono são hipertensão, doença cardíaca, arritmia (batimentos cardíacos irregulares), isquemia cerebral (AVC), síndrome metabólica e diabetes.
O principal fator de risco da apneia do sono é o excesso de peso visto que a gordura interna, presente nas vísceras e ao redor dos órgãos internos, acumulada na região torácica diminui a passagem de ar.
Dessa forma, o sistema respiratório necessita de um esforço maior para desempenhar sua função.
Tipos de apneia do sono:
1. Apneia Obstrutiva do Sono (AOS ou SAOS):
É o tipo mais comum, ocorre quando a passagem de ar é bloqueada geralmente no aparelho respiratório superior.
Isto ocorre devido à estrutura do sistema respiratório que se torna mias flexível durante o sono.
Pessoas com problemas de obesidade e aqueles que fumam são mais suscetíveis a AOS.
2. Apneia Central do Sono (ACS ou SACS):
Ocorre quando o cérebro, sistema nervoso central, não consegue enviar os comandos corretos para o sistema respiratório funcionar normalmente.
Isto resulta numa interrupção da atividade respiratória durante um curto período de tempo.
A condição tem consequências a longo prazo, pois os baixos níveis de oxigênio prejudicam o funcionamento dos órgãos vitais, como o cérebro e o coração.
3. Apneia Mista ou Complexa do Sono:
Ocorre devido à obstrução das vias respiratórias, bem como pela falta de esforço respiratório provocada pelo mau funcionamento do cérebro que não emite os sinais necessários.
Ou seja, esta condição é a combinação dos dois tipos anteriores.
Muitas vezes, a apneia obstrutiva do sono, se não tratada, a longo prazo pode levar a apneia complexa do sono.
Diagnóstico
A condição pode ocorrer várias vezes durante o sono com diferenças na duração.
A gravidade é determinada dividindo-se o número de incidentes pelo número de horas de sono.
O exame para apneia do sono geralmente é feito por meio de um estudo do sono conhecido como exame de polissonografia.
Os sintomas, também, podem ajudar a diagnosticar a apneia do sono.
Tratamento para apneia do sono
O tratamento da doença depende do tipo e da gravidade da síndrome.
As opções de tratamento incluem tanto a intervenção cirúrgica, bem como os procedimentos não cirúrgicos.
A cirurgia geralmente é indicada em casos de alterações anatômicas, como por exemplo quando é necessária a remoção do excesso de tecido que impede o fluxo normal de ar no sistema respiratório.
O tratamento, não cirúrgico, envolve mudanças de estilo de vida e uso de métodos distintos, como o aparelho de pressão positiva contínua (CPAP).
As mudanças incluem limitar a ingestão de álcool, parar de fumar e manter o controle do peso ideal e adotar um estilo de vida saudável.
Alguns hábitos simples incluem dormir de lado com a parte superior do corpo com uma ligeira elevação.
Isto ajuda a evitar, por exemplo, que a língua impeça a passagem de ar para os pulmões durante o sono.
O consumo de álcool ou sedativos deixa os músculos respiratórios flácidos ou extremamente relaxados, o que pode dificultar a respiração.
Pacientes com apneia do sono, também, precisam evitar o cigarro que causa inflamação nas vias respiratórias, além de diversos males para a saúde em geral.
O tratamento mais recomendado pelos médicos, atualmente, é o uso do aparelho (CPAP). Um dispositivo que libera um fluxo de ar constante por meio de uma máscara facial.
Promove o alívio imediato de alguns sintomas da apneia do sono, porém não combate as causas do doença.
O aparelho requer uso contínuo e não visa curar a síndrome, a função do CPAP é reduzir e aliviar os sintomas.
Tratamento para apneia do sono mais utilizados são:
Medicina Tradicional:
- CPAP (Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas);
- Marca-Passo de Língua;
- Aparelho Bucal;
- Cirurgia.
Medicina Alternativa:
- Acupuntura;
- Terapia com Ervas;
- Homeopatia;
- Aromaterapia.
Exercícios Funcionais:
- Terapia Fonoaudiológica;
- Método Buteyko (Exercícios de Respiração);
- Yoga ( ‘Pranayama’ técnica de respiração);
- Exercícios de Canto;
- Dentre outros.
Mudanças no estilo de vida:
- Controle Emocional (Estresse e Ansiedade);
- Perder Peso;
- Acabar com o sedentarismo;
- Parar de fumar e beber álcool;
- Evitar alimentos que prejudicam o seu sono;
- Tratar o refluxo ácido;
- Tratar a asma;
- Tratar a congestão nasal;
- Evitar alimentos que aumentam o muco;
- Evitar tomar medicamentos como relaxantes ou sedativos para dormir;
- Dormir de lado.
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